segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Alí onde a onda quebra

A maresia dessa vez me fez bater com a cabeça na pedra. Aquilo foi mesmo uma onda ou eu sonhei que ela realmente existiu? Eu sei que agora minha cabeça dói e aquela sensação de acontecimento inesperado, de frio na barriga, pode ter sido ilusão. Não sei. A culpa pode ter sido minha e é isso o que mais me rodeia além de toda essa água e de toda essa desidratação. Voltei a ficar parada no meio do mar.
Para quê ter esperado tanto? Eu não sei nadar.

domingo, 21 de novembro de 2010

Parasita

Sentir calma já não faz sentido. O que é isso que a gente sente e que vai derretendo lá dentro do estômago causando enjôos?
Ser uma metade, rachar-se entre duas hipóteses.
Jogar o dardo da fortuna sem se estar certo do acerto.
Odiar a si mesmo por ter perdido para o sentimento mais popular do mundo quando nada te impediria de ganhar. Aí você percebe: se não pode com ele junte-se a ele.
E a liberdade? Vai pelo ralo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Idade

Perdendo a fé. Já tive essa sensação antes. Basicamente? É horrível.
Existe o quê afinal? Uma espera, um preparo, uma perda de tempo.
Quanta falta de perspectiva. Quanto falta de fé.
Desejar o quê? O que eu quero para mim eu nunca soube. Algum dia quem sabe descubra. Agora não. Agora eu só vejo esse nada na minha frente. Sem futuro, sem presente.

domingo, 7 de novembro de 2010

Simplicidade

            Estava eu perambulando pelos sites da internet quando me deparei com um blog diferente... Algo que ainda não tinha visto. Era uma espécie de confessionário, mas agradável. Daqueles que nos faz refletir sobre a vida.
           Lembrei-me de como costumava ser, de como era feliz, de bem com a vida. Qualquer coisa pra mim estava de bom tamanho... A simplicidade reinava sobre mim e eu estava contente com isso.
          Cheguei, inclusive, a fazer uma lista sobre as sete coisas que eram as melhores do mundo: Achar dinheiro no bolso da calça, de repente. Sentir o vento em minha face. Acordar mais cedo do que o necessário e descobrir que há mais tempo pra dormir. Tomar banho de chuva... Pisar na areia e senti-la entre os dedos. Tocar violão e, principalmente, rir de mim mesma.
          É interessante como esquecemos rapidamente daquilo que realmente importa. Mas é como Jean-Jacques Rousseau disse: "O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe".
          Ao invés de estarmos preocupados com a simplicidade da vida, apenas nos importamos  com o que a sociedade nos impõe: futuro emprego, carro, casa...
         Seria tão melhor ficarmos à mercê da vida. Conhecer pessoas, lugares, comidas, adquirir experiências...
         Hoje, as pessoas apenas se preocupam em ficar cheias de dinheiro... Mas, como disse uma pessoa querida que conheci ontem, elas esquecem de ficar ricas de conhecimento, amor e felicidade... Infelizmente, parece que elas não são tão ricas quanto dizem ou querem ser...
         Os atos simplórios são esquecidos... 
         Mas não me extraio deste meio... Voltei a ser o que em um passado distante eu desprezara...  Felizmente, porém, sei que ainda tenho tempo para recomeçar do zero. Tenho tempo de reorganizar a minha vida novamente e fazê-la valer a pena.
        Pra que ficar agindo pros outros? Pra essa sociedade fajuta? A vida é tão simples, mas nós sempre tendemos a complicá-la... 
        A vontade agora é de botar o pé na estrada e sair por aí... Conhecer o mundo!
        Sei que não vai ser fácil fazer isso de uma hora pra outra... Mas pelo menos esse sentimento de nostalgia me fez lembrar quão importante era a simplicidade pra mim, e agora só basta retomá-la... Sentir a vida novamente... É... só basta escolher o caminho certo outra vez...