quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Enem

Faz muito tempo que não escrevo neste blog...talvez por falta de tempo, de inspiração ou de vontade. Mas agora preciso desabafar e vocês são meus interlocutores.
As lágrimas que escorrem em meu rosto neste momento são apenas um símbolo de minha dedicação e vontade de estudar Engenharia. Tanta força de vontade não se vê por aí, em qualquer lugar... E o Enem só está tentando matar tudo isso em mim.
Quem conviveu comigo nos últimos meses conhece muito bem minha vontade de ir para a Ufscar, cujo único método de ingresso é o Exame Nacional de Ensino Médio desde 2010. Mas me dedico nos estudos desde muito antes de saber o que queria cursar na faculdade... Sempre gostei de acumular conhecimentos de diversas áreas para tentar entender um pouco melhor sobre esse mundo louco em que vivemos...e é tudo muito interessante. A escola não me saciou e já fiz aulas de japonês, piano, francês, inglês, teoria musical, coral, teatro...fora os cursos de que não me lembro, porque minha memória costuma ser falha para lembranças como estas.
E, depois de não ser convocada para a segunda fase da Fuvest por ter conseguido 63 acertos (nota de corte para a Poli) já que uma das questões que acertei foi anulada, não ter sido convocada também pela Unicamp mesmo com 42 acertos de 48 (meu desempenho foi, no mínimo, péssimo em redação), outra bomba caiu sobre meu sonho: a nota do Enem. Tudo isso três dias em seguida, para ajudar. Fiquei chocada com as notas da parte objetiva da prova (testes) até que um amigo me explicou o sistema de correção das provas, TRI, que é extremamente simples e complexo (simultaneamente!). Mas a redação continua uma incógnita para mim.
Meu negócio deveria ser fazer contas apenas, já que gosto muito de exatas, mas como não gosto de ser uma pessoa limitada e admiro os valores renascentistas, também aprendi a escrever. Por isso não entendo minha nota em redação, que foi de 580 pontos. Sim, não tirei zero como muitas pessoas, mas essa nota acaba com meu sonho, pois a Ufscar é BEM concorrida. E, nessa "ditadura" não é concedida revisão de provas ou qualquer coisa do tipo. Entrar com uma ação judicial? É o que eu quero, mas as inscrições para o SISU começam dia 07 de janeiro e estamos em época de festas (pelo menos vocês devem estar). Precisava de um milagre, mas quero entrar nessa briga nem que seja para ajudar os estudantes do futuro que tiverem que fazer a prova do Enem. Aprendi que tem horas em que é preciso ser revoltada sim e lutar por meus direitos.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Abre áspas

(Publicado em 7 de Fevereiro de 2011 - Republicado em 29 de Julho)


"Eu sei que supostamente deveríamos agradecer pelo o que a gente tem, pelas coisas boas da nossa vida e tals, mas eu vou abrir espaço aqui para desejar tudo o que eu mais quero agora. E que se danem os agradecimentos.

Eu quero um dia daqueles que a gente nunca esquece. Eu quero um melhor dia da minha vida. Eu quero fazer a minha barriga doer de tanta risada, quero me sentir completamente bem comigo mesma e com as pessoas. Eu quero ser admirada. Eu quero mudar para uma casa que dê uma vista bonita para a janela do meu quarto, uma melhor do que esse muro branco encardido horroroso. Eu quero ser conquistada, eu não quero conquistar. Eu quero jogar cartas com pessoas bem dispostas, bons perdedores e bons ganhadores, gente engraçada, de bem com o cosmos. Quero viajar, conhecer gente novaQuero fazer caridade e me sentir útil. Quero ser ridiculamente alegre, sem me arrepender, sem me preocupar. Quero pular em um pula-pula. Quero estar rodeada de gente que sabe se divertir. Não quero me sentir sozinha. Quero me livrar de autojulgamentos desnecessários. Eu quero sair do meu quarto, conhecer lugares. Eu quero poder fingir não ser eu mesma pelo menos por um dia. Eu quero ser o meu melhor. Eu quero ser ilimitada."


Os que provavelmente serão riscados em um período bem próximo:

- " mudar para uma casa que dê uma vista bonita para a janela do meu quarto";
- "ser conquistada";
- "viajar";
- "pular em um pula-pula";
- "sair do meu quarto, conhecer lugares"


Nada como riscar a lista dos desejos. 

Como passar de fase? Me ensinem a jogar vídeo-game. Desaprendi.

Apenas se soubesse o que vem depois.
Sentindo um certo peso, como se vários acontecimentos estivessem na fila para ocorrerem. Bem atrás de mim, empurrando. E ainda assim há uma certa resistência. Algo atrapalhando a passagem. 
Apenas se soubesse como tirar isso do caminho.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Um furo, uma dependência


Eu só não quero voltar. Quero muito continuar de onde estava. Parar com tudo aquilo.
Impressionante como eu deixo outra pessoa me fazer por completo desse jeito. Dá nitidamente para sentir o total descontrole que eu tenho sobre mim mesma. Apesar de sempre ter achado o contrário.
E enquanto continuar assim, permanece essa sensação de espera, de achar que somente algo vindo de fora pode mudar alguma coisa aqui dentro.
O que o tempo faz quando alguma coisa boa acontece e logo acaba. A energia do momento termina tão rápido, como se fosse uma bateria, que deve ser recarregada várias e várias vezes, eternamente.

Preciso de alguém que consiga ser completamente verdadeiro comigo, sem machucar como eu mesma faço. Que consiga desviar minha atenção para outra coisa, me fazer esquecer daquelas desgraças que eu vivo procurando por dentro e por fora. Alguém que me faça recordar aquilo tudo que eu perdi. Aquela sensação boa de confiar muito e estar junto, mais nada.


Murcha. Me sentindo esvaziada como um grande pula-pula colorido jogado no chão antes de ser enchido com todo aquele ar que o deixa tão pulável, tão vivo. Um pula-pula furado, porque não importa o quanto continue me enchendo de vida, ela continua transbordando e eu preciso de algo que continue soprando o tempo todo, sem cessar.
O que fazer agora? Continuar no positivismo?
Quero tanto me encher desse ar, até quase explodir.
É tão cansativo, entediante. A maior parte da vida é.



                                                                                                         

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Rebobinar

Sabe quando você se agarra firme a alguma coisa e não consegue mais se soltar?
Pois é. De uns tempos pra cá é assim que tenho me sentido e o que mais anseio é liberdade.
É estranho. Eu me sinto aprisionada, e não leve, como deveria estar. Pior são as "surpresas" que vão chegando, pra me alegrar ainda mais.
Só quero achar o caminho de volta, o botão que volta pro primeiro capítulo, quando tudo era normal e feliz.