terça-feira, 24 de abril de 2012

Ironia do amor

E então você vê que tudo acabou. Todos aqueles momentos em que você se sentia inteira, protegida, não existirão mais. O pior é que além de tudo você estava acostumada. Acostumada com aquele sorriso, com aquele abraço, com aquele beijo. Quando você o ver isso não mais será uma coisa boa. Por um momento seus olhos brilharão, mas depois você lembrará de que vocês não estão mais juntos. Dos mesmos olhos que saía um brilho intenso, uma espécie de água sairá, e aquilo te incomodará porque você não se conforma como pode sentir ainda sentimento tão grotesco. E é aí quando você promete que nunca mais se apaixonará e se fecha. Até que outra pessoa aparece na sua vida e causa uma reviravolta. Você se abrie novamente. Sabe que poderá sofrer os mesmos riscos, mas mesmo assim os prefere correr. Tudo pra tentar, por mais uma vez, ser feliz. Não importa com quem, o que importa é que a procura pela felicidade não cessa. Irônico, não?

domingo, 15 de abril de 2012

Cupcakes

Ultimamente eu não sei o que o momento é. Como ele é. Digo no sentido de definir a sensação que permeia o presente. Sabe quando você fala "ultimamente preciso desesperadamente fugir para qualquer lugar", ou então de dar a louca, ou qualquer outra coisa mais realizável, tipo comer a torta de banana da avó. Sei lá.
Não tenho me sentido nada. Quer dizer, tenho algumas vezes, mas não sei, parece que ando à mercê do acaso, um pouco mais indiferente em relação a tudo.
É uma coisa esquisita. E talvez ninguém se importe, mas dane-se, não estou desabafando para ninguém. Estou constatando para mim mesma o que este momento da minha vida não é, ou é. E você que não se importa ou se importa não tem absolutamente nada a ver com isso, então licença...
Sinto um pouco sim, um desejo sem sentido algum e irritantemente irracional de amar, mas não sei o que é isso, não sei se existe, nunca provei e não sei se é tão bom. E se eu não sei nada sobre isso como poderia ter vontade?
Também tem o fato de que as coisas andam acontecendo para mim. Fiquei muito tempo na ilusão, no sonho, na idealização. Agora que eu sei um pouco como são muitas das coisas que eu idealizava, posso ter me decepcionado e então perdido o anseio de idealizar de novo. De sonhar. Qualquer coisa.
Porque é aquele negócio, "nada é tão perfeito como o que você pode imaginar".


"Can you forget what you live for?"

À espera de um copo cheio

É quase raro ter certeza sobre esse tipo de coisa. Quando se tem algo que não é completo, que não te satisfaz por inteiro, mas não querer abrir mão das coisas boas que isso te traz. Ignorar o lado ruim, esconder a poeira debaixo do tapete e tentar esquecer que ela está lá.
Como saber se eu devo continuar ou não? Até que ponto isso é uma coisa boa, isso me faz bem? Ou até quando isso vai valer a pena?
Queria poder fazer com que isso fosse completo. Queria muito poder sentir tudo o que eu preciso sentir e que por algum motivo não posso.
A mediocridade é o que mais atrapalha o viver. Mas como saber esperar pelo o que não é medíocre? E se não posso permitir que algo incompleto tente me satisfazer, pelo menos pela metade, como sobreviver inteiramente vazia?