segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Tentação

A gente tenta. Se arrebenta, esquenta a cabeça, joga ela fora e no fim, bem no fim, vai buscar. Mas a gente tenta. Senta, espera, sonha, tropeça e acorda. Tentamos outra vez. Mas de que vale o eterno tentar se a tentativa em nada acabar? Mesmo assim. O sonho nos engole e a gente se deixa levar. Uma hora dá certo, não vale se frustrar. É o que se diz quando não se enxerga ou pior, quando não se quer enxergar. Mas o que há para ver se não há nada para criar? Então é melhor mentir, cair e se levantar do que desistir e decidir parar.

Venda-se a venda

Não saber o que vai acontecer é naturalmente frustrante. Não por não saber, mas pela expectativa desperdiçada quando aquela coisa acaba não acontecendo. 
No fundo eu sabia, era só uma fantasia. Acabei alimentando o que não existia. 
Eu era ótima em reprimir. Reprimia tudo, desde pequena, aprendi rápido o medo. Aí eu cansei. Cansei e pensei: Por que não? E daí se todas as circunstâncias me mostravam  que talvez fosse melhor não continuar. Liguei o foda-se. Não deu certo. Acontece. É frustrante, é desgastante e é preciso coragem para andar na corda bamba com a venda nos olhos. Eu caí e na próxima, prometo não dar uma de corajosa, prometo ir sem a venda e se não conseguir outra vez: foda-se.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Inexplicável

É estranho. Nunca me senti assim. Sempre fui mais a fundo, me entregava. Agora não...
Será que isso seria amadurecimento? Ou apenas não estou fazendo a coisa certa?
Ansiosa? Sim, um pouco. Tá... como nunca estive. Mas, mesmo assim, nada que poderia fazer com que eu caísse na mais profunda amargura quando acabasse...
Algo diferente, que de certa forma está fazendo bem pra mim. Só não sei até quando...
Não sei se vou sentir falta, se pode vir a se tornar algo sem o qual eu não poderei mais viver...
Só sei que me dá uma sensação boa... Não a ponto de me deixar invencível, mas boa.
Simplesmente assim...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cegueira

Se alguém me perguntar exatamente do que eu tenho medo, eu nunca vou ter certeza, não importa o que eu resolver responder. Talvez de não ser o suficiente para ele ou de descobrir que ele não é o suficiente para mim. Porque eu criei todo esse desejo, aliás, o desejo se procriou em mim, tipo um vírus mesmo, e agora eu tenho que tomar mais atitudes, só que de repente eu não tenho tanta vontade de tomar alguma atitude, como se sei lá, a inércia tivesse tomado conta. Eu sei mais do que ninguém que se eu nunca tentar eu nunca vou saber, porque eu sempre falo isso para todo mundo, mas sinceramente, o que deu em mim dessa vez? Eu não sinto como se eu quisesse fazer alguma coisa. Eu gosto dele, muito, eu acho, pelo menos pelo o que eu conheço dele até agora. Mas eu não tenho certeza se daria certo. Lógico, a gente nunca tem, mas a gente sente de algum jeito que poderia dar e eu não me sinto tão segura em relação a isso. Acho que esse é o maior problema. Eu não consigo me entregar assim, às cegas. Por quê? Medo. De quê? Não faço a mínima ideia. Porque no fim das contas a gente não tem nada a perder. Ou tem?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Não necessariamente o mesmo que religião....pra mim, está mais pra ter princípios e ser fiel a eles. Formar uma moral e acreditar piamente nela. Não trair a si mesmo, não trair suas concepções de certo e errado. E, acima de tudo, acreditar que o que está fazendo vale (ou vai valer - um pouco de pensamento a longo prazo) a pena. Todo o esforço será recompensado de alguma maneira... Tudo que se enfrenta agora é algo que não vai pesar no futuro.
Ilusão? Não sei...talvez, mas todo ser humano precisa de algo em que se apoiar. Não importa a religião ou mesmo se não há religião. Só importa a confiança em tudo que se faz...mesmo na insegurança, é necessário acreditar que se está fazendo o melhor possível...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ser criança outra vez

            Criança.
            Já passou pela sua cabeça ser criança pra sempre?
            Provavelmente já, mas acredito que este não seja um dos seus desejos. Sempre queremos crescer, fazer carreira, arrumar esposo ou esposa, ou então ficarmos solteiros mesmo. Nunca desejamos parar no tempo, ou, se desejamos, gostaríamos que fosse "durante a idade do sucesso". Lá pelos 28, 30 anos.
            Mas você já parou pra pensar em sua infância? Naquela fase, em que não tinha que se preocupar com nada? Nem com estudos, nem com o amor, nem com dinheiro... Apenas tinha que se preocupar em se divertir?Aaah, e como uma criança sabe se divertir. Antigamente, era mais divertido ainda: pular corda, brincar de pega-pega, esconde-esconde, barra manteiga, ciranda-cirandinha, corre cotia, cinco marias...                          Mesmo assim, elas têm, hoje, computador, internet; o que fica ainda mais fácil.
            Mas, além disso, elas têm aquela pureza... Aquele brilho nos olhos. 
            Muitos acham crianças chatas. Eu não. Adoro crianças. Sim, mesmo as "pentelhas"! Todas são tão lindas... E, como eu disse, apenas querem brincar. Nós que somos chatos e negamos isso a elas... Tudo porque sempre temos alguma coisa "melhor" pra fazer: estudar, trabalhar, ficar na internet, ver algum filme...
            E, o engraçado, é que elas sempre têm tempo para nós. Sempre. 
            Coitadas... Talvez pelo mesmo motivo pelo qual as pessoas se apaixonam... Quanto mais desprezamos alguém, mais despertamos o encantamento. Não... elas não teriam essa malícia. Simplesmente sempre estão disponíveis porque gostam de nós.
            Acho que se pudesse escolher qualquer época da vida para ficar presa no tempo escolheria meus seis anos. Mesmo porque dizem por aí que, aos sete, a criança perde todos os anjinhos da guarda e só fica com um.(.-.) Não, não é por isso. É porque com o avanço do mundo, cada vez mais rápido, a informação de tudo passa para crianças mais rapidamente. Não é à toa que meninas de 10, 11 anos ficam grávidas. (O.o') Com seis anos ainda teria aquela pureza, aquele brilho nos olhos (*--*'). Aquela curiosidade... A era dos "porquês", tão divertida para mim, mas tão irritante para os adultos... Tudo seria mais lunático... Pena que as coisas não são assim... Temos que seguir em frente... O mínimo que podemos fazer é deixar com que nossas crianças vivam a infância delas. Pra que ser precoce? Elas já terão que enfrentar muita realidade...