domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cadeados para nuvens

Algo nos bloqueia às vezes. Como se esperássemos muito de uma coisa e não tentássemos ser felizes com outra. Como se não valesse tanto a pena dar uma chance para o que não se espera muito.
Nunca se sabe afinal. Nem tudo o que se quer é o que se precisa. E o universo vai sempre arranjar o que precisamos, se tentarmos, se destravarmos. 
Esperar muito tempo por algo incerto, idealizado, nos faz perder o que está concreto, esperando por uma chance. 
O importante é abrir os olhos. Se deixar levar. Não dar tanta importância para o que talvez vá a ser. E pronto. Eventualmente você vai viver o que nunca esperou, e isso por vezes pode ser muito melhor.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O que ninguém sabe e todos ignoram

E se eu morrer?
Me pergunto isso todos os dias. Se o que eu faço era o que eu realmente queria fazer. Porque eu não faço do jeito que queria. Fico na dúvida entre jogar tudo para o alto e falar foda-se, não quero mais levar a vida tão a sério, ou continuar tentando assumir essa responsabilidade que me colocaram.
Mas e se eu realmente morrer amanhã? Agora?
Tudo acaba. E talvez não tenha sido como poderia. Talvez nunca seria. Talvez não pudesse ser. Ou apenas amarelei, deixei de tentar. Tentar o que afinal? Fugir? Gritar quando der vontade? Que coisa mais ridícula. Ninguém grita às... 02:38 da manhã só porque pode não sobreviver ao dia seguinte. Vai saber.
O medo é que é ridículo. Por que é que se tem medo quando tudo não passa de uma passagem e uma hora acaba? Uma hora ACABA. O que é que sobra afinal? Um bando de coisas que deixei de fazer por medo.

E eu fiz até uma poesia para você

Me pergunto se algum dia vai dar certo. Se eu vou conseguir saber o que é isso de verdade. Porque você não me deixa escolha, você não me deixa escolher. Eu não sei por onde ir. Não sei se devo ficar.
A incerteza nunca me abandona, em nenhuma das vezes em que isso aconteceu. E eu queria saber se um dia isso vai ser diferente, porque cansa. Chego mais perto da exaustão à medida que não há mudanças.
Talvez não devesse, simplesmente. Afinal você não é meu e ninguém sabe se quer ser. Não sei. Fico presa nesse sentimento pequeno, que não deveria ser assim. Um dia eu vou saber, se deixar você decidir foi a minha melhor decisão. Te esperar. Mas é tão difícil não te querer. Por mais simples, por mais incerto, nunca fui desse jeito com nenhum outro. Porque quando se acha o que se procura, a única vontade é a de correr atrás. Será tão errado querer o que não se tem?