segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Jovens estudantes

Aposto que todas as pessoas da minha idade que estão lendo esse texto sentem aquele peso na consciência por saber que podia ter estudado e podia estar estudando mais...mesmo eu, neste momento, devia estar estudando para as minhas provas bimestrais... O consolo é que é difícil pra qualquer ser humano que tenha outras coisas aparentemente mais interessantes pra fazer, como mexer no computador, ouvir música, conversar com os amigos, brincar com o cachorro, sei lá.....vcs sabem tão bem quanto eu que, pra não estudar, qualquer desculpa acaba sendo válida....sempre dá uma fominha, uma vontade de tirar um cochilo....mas o estudo não deve ser deixado tão de lado e nem deixado pra última hora. O melhor a fazer é não pensar no q tem q fazer e sim no q vai fazer. Pára de enrolar (vale pra mim, ninguém acredita mas eu sou vagabunda rsrs) e pega nos livros...a gente enrola tanto e quando vai ver nem é tão ruim assim. Porque ir estudar de má-vontade também não dá muito certo...não rende nada...mas tente encontrar algo de interessante no meio das palavras, dos números....e, embora as pessoas zoem os nerds, dá prazer ir bem nas provas, não se sentir inútil por um instante ao bater o olho naquela nota bonita e pensar que você está utillizando bem toda aquela fortuna que os seus pais gastam com a escola (pra quem estuda em escola particular)....sabe, o dinheiro que eles gastam com você é investimento! Vê se não desperdiça.
Eu não sou a pessoa mais estudiosa do planeta mas também me esforço satisfatoriamente...porque me dá um desgosto ver tanta gente vagabunda gastando uma fortuna e repetindo de ano! Caramba, não joga o dinheiro no lixo então, doa pros pobres então, sei lá.
E pra quem quer melhorar, valem alguns conselhos simples:
-Use a agenda! Anote TUDINHO nela, inclusive matéria de provas, lições, festas, shows, médicos, sei lá. Tudo! Porque assim você cria o hábito de usá-la.
-Faça as lições. Assim na hora de estudar pra prova já vai estar tudo mais ou menos na sua cabeça
-Encontre-se com amigos estudiosos e fique a tarde inteira fazendo exercícios, com calma....comigo funciona! O negócio rende e não fica tão chato e cansativo, além de todo mundo poder se ajudar.
-Faça resumos pra estudar! Não há coisa mais cansativa e que ajuda tanto quanto isso. Principalmente em humanas.
Bom, o negócio é tentar ir criando o hábito...afinal, o vestibular vem chegando e você não vai querer não passar e pensar que poderia ter feito mais, certo?

Vento

-Queria ser como o vento...
-Como o vento? Pra quê? Na maioria das vezes só atrapalha! Bagunça o cabelo, traz poeira para os olhos...
-Engana-se... Queria eu ter o poder de movimentar as nuvens; dar vida às plantas levando seus esporos às condições ideais de germinação... queria eu poder acariciar aquela pele...
-Você é um romântico!
-Pode ser... Mas o vento... O vento é uma das quatro essências...
-Pobre louco!
-O vento é leve, sensível... Como você pode não gostar dele?
-Vou-me! Continua com as suas loucuras longe de mim!
-Posso até ser louco, mas pelo menos enxergo a vida com outros olhos e, graças a isso, ela tem graça. Eu é que tenho pena de você, que não passa de um clichê da sociedade... Pobre alienado...

domingo, 19 de setembro de 2010

Complicada e perfeitinha

A vida é cheia de complicações? ou somos nós que a complicamos?
Escolho a segunda opção. Nós somos seres complicados desde quando nascemos, afinal por que não chegar ao mundo normalmente?...não! vamos complicar um pouquinho, e assim nascemos de cabeça pra baixo.
 É ai que eu pergunto...por que precisamos ser assim? seres inconstantes e complicados. Por que não conseguimos falar o que sentimos ou o que pensamos para aquela pessoa especial com a mesma facilidade que batemos um papo com os amigos? Por que sentir medo de fazer uma prova de matemática cheia de x,y e zs se estudamos até rachar a cuca? Por que ter medo de quebrar a cara amando loucamente alguém? Por que não falar o que simplesmente vier na cabeça? Por que? Por que? Por que?
Porque como uma amiga minha sempre diz ... "A vida sem essas complicações e incertezas não teria a mínima graça!"

A arte de brincar

           Desde pequena sempre tive muitos bichinhos de pelúcia.
           Alguns emprestei e nunca recebi de volta; outros dei; mas aqueles especiais mesmo, ainda os tenho, e faço questão de deixá-los em cima da minha outra cama, pois são como gente-para mim, é claro. 
           O que você deve estar imaginando é o porquê de guardá-los ao invés de dá-los para os necessitados, já que, na minha idade, tê-los não é algo tão comum. Pois para mim, eles têm vida.
           Ao jogá-los no chão, quando alguma amiga vem em casa para dormir, fico pensando: "Será que eles estão bem? Será que eles estão conseguindo respirar?"
           E quando saio do meu quarto imagino: "Sobre o que eles devem estar conversando? Será que estão falando de mim?". E neste momento volto correndo para pegá-los de surpresa, mas nada consigo. Então penso: "São muito espertos, sabiam que eu chegaria!"
           Hoje, meu irmão pegou  Pluto (aquele que eu recebi da minha irmã quando ela nasceu) e deu pra o meu gato brincar. Fiquei desesperada! Apesar de ser um cão, pensei eu, deve estar morrendo de medo! E logo passei a gritar com meu irmão para devolvê-lo para mim. Coitado, o gato machucou meu querido Pluto...
           Mas volto à questão inicial... Por que me preocupo tanto com eles? São apenas bichos de pelúcia! A resposta é uma incógnita... Ou melhor dizendo, até penso o que possa ser... Na verdade, acredito que, se não acreditar que eles têm vida, eles possam morrer. 
Agora, como alguém que não acredita em superstição pode acreditar em algo que não tem fundamento nenhum?
           Não sei...    
           Mas, para mim, na sociedade dos bichinhos de pelúcia tudo é mais feliz, mais simples, sem brigas... Utopia, claro. Mas também, no estágio o qual me encontro quando em comparação com a minha sociedade, qualquer mundo é ótimo, até o do Beleléu - aquele onde todas as coisas que perdemos vão parar.
           Talvez, quando eu seja mais velha, esqueça do mundo deles... Só espero que nunca olvide a essência que eles têm: "A simplicidade das coisas".

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Plano-esférico

 

Quando nos deixamos ser regidos por um script, nos tornamos pessoas limitadas.
O desejo de ser um tipo de script, idealizado, como quando você olha para a imagem de alguém, ou conhece uma personagem nova em um livro, filme, ou mesmo quando conhecemos um tipo de pessoa que nos causa tanta admiração que dá aquela vontadezinha de ser parecido, não faz sentido.
Eu nunca vou ser um tipo idealizado, mesmo porque existem milhares deles dentro de mim e não tem como escolher um só. Se fizesse, seria uma frustrada, por não sair daquele mundinho e daquela personalidade e por não fazer qualquer coisa que fuja dos princípios que a condicionam.
Seria como entrar dentro de um filme ou livro e virar uma personagem plana. Por mais tentador que pareça, não vale a pena. Ser esférica permite ser um pouco de cada tipo, na hora que dá vontade.
Talvez isso seja um tipo de liberdade.  Ou não.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ação-Reação

            É antiga a agressão que as crianças sofrem na escola. Seja por serem mais novas que as demais, por apresentarem diferenças físicas ou até mesmo pela distinção do seu falar.
            Mas, atualmente, este ato de hostilidade tem sido tão corriqueiro que passou a ser estudado, e recebeu o nome de bullying.
            As "brincadeiras" passaram dos limites. Além de ter que aceitar o quão são diferentes, as crianças sofrem agressão física. A que ponto a sociedade foi chegar?
            Acredita-se, pois, que este fenômeno só tem se agravado devido ao que se chama de moda. Se uma menina, por exemplo, estiver um pouco acima do peso que é instituído pela sociedade como padrão de beleza, ela se torna motivo de chacota. Este tipo de agressão é, inclusive, pior do que a física pois, acima de tudo, ela interfere no fator emocional da pessoa e pode acarretar em mudanças de personalidade, problemas de saúde - como a anemia, bulimia ou anorexia -, além do comprometimento psicológico - depressão.
             Estudos comprovam que, geralmente, são os líderes das turmas os pioneiros a incentivar a provocação; e isso se dá pelos mais diversos motivos: por gostar de uma garota e ela não corresponder; pela pessoa ser fisicamente diferente; ou até mesmo por inveja do sucesso que o outro possa fazer e, futuramente, tomar seu lugar como líder.
            A solução seria a implementação de, ao menos, um psicólogo em cada instituto de ensino, seja privado ou público. Este profissional poderia ajudar promovendo a conscientização do paciente, além de diminuir a agressividade do mesmo.
           O local mais adequado seria a escola porque é ela quem constitui a personalidade do indivíduo e é um espaço onde pode ser exercida a tolerância, o respeito ao próximo e a cidadania; visando a resolução de conflitos característicos da sociedade.
           Tomadas as devidas providências, talvez ajudemos a novos intelectuais que, futuramente, poderão construir um Brasil melhor.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Entrar na paralela

A realidade, a mais básica, sempre me irritou. "A mais básica" porque para mim não existe só uma. Realidade não é apenas aquilo que vivemos cotidianamente, quando acordamos de nossos sonhos à noite e começamos a repetir todos os hábitos rotineiros e ver as mesmas cenas, ouvir as mesmas notícias, escutar as mesmas músicas e conviver com as mesmas pessoas.
Essa realidade básica me faz perder o ânimo, "acaba com a minha graça". É só levar aquele beliscão dela que tudo o que eu tenho em mente, tudo o que me faz ir levando a vida numa boa, sem dar crise existencial, perde todo o sentido. Toda a vida que eu sonho em ter, tudo o que eu quero ser, conhecer e descobrir, todo aquele mundo dentro de mim desmorona, por uma simples frase estúpida, um gesto vergonhoso ou uma voz irritante na tv.
Nunca se imaginou de outro jeito ou vivendo num mundo completamente diferente? Não digo mundo no sentido de "um país das maravilhas", mas um lugar diferente do seu habitual. Como mudar de Arujá para um vilarejo perto do Himalaia ou de um gueto no México para a Toscana. Entende? Nunca pensou em mudar ou fugir de tudo? Virar do avesso, como Gandhi  se tornando um Mahatma.
O que me belisca de verdade até me fazer cair no chão, é essa mania das pessoas em se prender a uma só realidade e não largar por nada. Com certeza é bem mais cômodo para viver na mesma sociedade que as acolheu desde o dia em que nasceram. Mas para mim é o pior pesadelo do mundo. Eu simplesmente me recuso a aceitar que exista apenas uma e que eu seja obrigada a viver nela até morrer, do mesmo jeito, com os mesmos defeitos, sendo a mesma de sempre.

Vida: produto sem garantia

Apoio (verbo apoiar conjugado na primeira pessoa e no presente...sim, deveria ter um acento aí) o esforço e a dedicação na vida...se estamos todos aqui, de certa maneira sem escolha [momento filosófico], por que não fazer tudo da melhor maneira possível? Não vou usar o fato de não ter escolhido nascer como desculpa para fazer tudo de qualquer jeito.
Mas mesmo com grande dedicação, nada está garantido, as coisas não vão acontecer como você planeja, como você quer... Tudo que você sempre quis e sempre sonhou e que num instante pareceu tão perfeito pode ir por água abaixo num piscar de olhos... Mas não, isso não deve fazer você jogar tudo pro ar.
Se tudo der errado, ou não acontecer como queria, é porque não era pra ser daquele jeito. Mas não acho que pensamentos como "vai ser se o destino quiser" devam impedir as pessoas de tentarem algo... Não aja como se a sua vida estivesse nas mãos do "destino", não o culpe pelas besteiras que fez e também não tire seu mérito em grandes realizações dizendo que "o destino". Até certo ponto, está tudo em suas próprias mãos. Até certo ponto porque certas coisas realmente não são nossa escolha, então deve-se conhecer esse limite entre aquilo que está ao seu alcance e aquilo que não está.
E, quando tudo dá errado, você pode pensar que você fez tudo que podia, você não deixou de tentar nem por um instante para conseguir o que você queria...você não desistiu. E você sentiu em um momento que era hora de parar.
Mesmo que nada esteja garantido nessa vida, porque você, como eu, deve conhecer várias pessoas maravilhosas que passaram por coisas péssimas; não se deve desanimar ou deixar de tentar... Somos todos iguais, nada está garantido pra ninguém.

domingo, 5 de setembro de 2010

Perfumes

        Estava na varanda, vendo o dia amanhecer, quando senti aquele cheiro de café que só ela conseguia fazer. Ouvi o seu chamado doce para tomar o desjejum. Chamei-a para apreciar o sol nascendo, mas ela me disse que estava terminando de arrumar a mesa.
        Vi-me levantando da cadeira e entrando na cozinha para lhe dar um beijo de "bom dia", além de apreciar o delicioso bolo de fubá que ela havia feito no dia anterior. Sentei-me à mesa e chamei-a para sentar-se ao meu lado. Não podia, tinha que se arrumar. Saiu correndo para o quarto.
        Peguei uma bandeja,  coloquei meu pedaço de bolo e minha xícara com aquele café bem pretinho e com aroma esplêndido e me dirigi ao quarto.
        Lá estava ela com aquele vestido que eu tanto adorava... Sua cintura ficava realçada, e aquele decote nas costas dava-lhe um charme ainda maior. Por fim, seu perfume... Ah, seu perfume... Para mim era arrebatador... Aquela fragrância quando em contato com o meu ser me deixava fora do ar, em outro mundo. Seu cheiro era marcante, viciante; eu ficava descontrolado. Mas não tinha mais o que fazer, aquele cheiro tornou-se apenas mais um perfume guardado na minha memória.
        Peguei-me chorando ao amanhecer. Não pela beleza singular do momento, mas pelo vazio que ele me causava. Eram lembranças, apenas lembranças...

sábado, 4 de setembro de 2010

Qual lente?

Como uma pessoa pode ser obrigada a fazer a escolha certa?
Se você se deixa levar por um caminho, tem a obrigação de estar ciente sobre qualquer possível consequência.
Injusto. Coisas acontecem sem previsão, não por conta de inocência, ignorância, não, elas simplesmente acontecem, estando preparado ou não. Mesmo tomando todas as precauções, mesmo analisando os fatos com um ótimo espírito crítico, qualquer caminho que tomamos tem uma certa probabilidade de terminar errado ou não ser exatamente o que queríamos no começo.
Às vezes não enxergamos o caminho com as lentes certas, mas mesmo com a lente mais apropriada possível, nunca vamos exergar o que há realmente no final do túnel. Podemos ter uma ideia, pelo o que vemos um pouco antes de entrar, mas nunca saberemos se aquilo que almejamos será aquilo que teremos.
É como ter que decidir pelo curso certo de faculdade, perder a virgindade por desejo ou por amor, se casar ou viver livre, solteira e autônoma para o resto da vida, relaxar nos estudos ou ser a melhor aluna da turma e perder toda diversão.
O pior de ter que decidir por todos esses caminhos, é ter que decidí-los na hora errada, ou seja, na adolescência, momento da vida em há mais incerteza, mais perguntas, menos respostas, medo, insegurança e muitas vezes mais despreparo do que qualquer outro momento. É ter que tomar o túnel usando a pior lente possível, sem ao menos ter uma ideia do que há antes dele.