Eu não sei se é porque quando fico muito tempo no computador começo a criar melodramas na minha vida ou se é realmente o que eu sinto. Tenho sérias dificuldades em dissociar os sentimentos criados, os dramas, dos sentimentos verdadeiros, da realidade, se é que dá para saber com toda a certeza quando um sentimento é real ou não.
O caso é que eu sinto falta do passado. É como se existisse um buraco imenso onde todas as pessoas e tudo o que elas acrescentavam na minha vida, deveriam estar, só que não estão, porque por alguma razão ao longo do tempo os laços que eu tinha com cada uma foram meio que afrouxando e quando eu me dei conta tinham se desfeito completamente.
Não sei explicar exatamente do que eu sinto falta, mas é uma falta grande, um buraco enorme e não dá para preencher de forma tão simples com novas amizades porque ninguém pode substituir ninguém, porque pessoas são insubstituíveis.
A gente tem várias fases na vida e cada uma é feita de amizades e momentos que vêm no pacote, que vão nos transformando, deixando lembranças. Chega uma hora em que as fases terminam, por um motivo específico, por um motivo que a gente não sabe bem ou por vários, mas enfim, terminam, nos deixando uma tremenda cesta básica de nostalgia, que ao contrário de uma cesta básica normal, nos consome.
Isso é o que há de mais triste no fim de uma fase, a saudade daquele pacote que vinha com as pessoas e claro, das próprias pessoas. O que não é novidade para ninguém. Mas o que dói mais nessa saudade é saber que nada nem ninguém possa te fazer reviver aqueles momentos, possa refazer a ligação que você tinha com aquelas pessoas, porque sem melodrama, cada momento é único e cada ligação que você perde, você perde para sempre.
Um comentário:
É como aquele texto que certa vez eu li na sala. Certas vezes as folhas das nossas árvores caem e temos que nos contentar com isso. Mas lembre-se, elas se desfarão e se tornarão vitamina para nós, árvores, e ficarão guardadas nas nossas memórias
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