segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Nos trilhos dos instantes

As coisas que aconteceram com a gente ano passado embaçam tudo aquilo que aconteceu antes e durante. Mas por que me apego tanto a ele? Foi vivido para que pudéssemos estar onde estamos agora e, mesmo não estando feliz, não há nada que pudesse ter feito para que estivesse. O ano passado de vocês não foi o mesmo que o meu, óbvio. Existe alguma coisa de irrecuperável, de intensidade marcante que me faz querer tudo de novo e de novo. Como uma montanha russa frágil que só se pode andar uma vez. Depois de sair do carrinho ela quebra. Estou tentando juntar os pedaços até agora. Olhando pra minha vida, existiram outros anos passados como esse. Existiram temporadas de anos passados muito bons, mas nenhum foi essa montanha russa frágil, essa máquina alucinada de nostalgia. E eu que o ignorei tantas vezes até agora, o fiz querendo valorizar meu ano novo. Não consigo mais. Vocês são os únicos pedaços aproveitáveis que eu tenho dos destroços. Por favor não quebrem. Por favor, posso fazer o que for para que fiquem limpos, fortes, conservados. Só preciso de um pouco mais de vocês. Ou de um ano novo.

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