Quando passo muito tempo no meu quarto, fechada em casa, sem enxergar a imensidão do mundo lá fora, é como se a minha vida se limitasse a isso, apenas imaginar um futuro. Eu não tenho noção nenhuma de qual é o meu limite.
Quando olhamos para além do presente, enxergamos aquele oceano sem fim, cheio de oportunidades, no qual aparentemente teremos que nos virar com nosso pequeno bote, sozinhos. Mas na verdade não é bem assim. Não navegamos sozinhos. Nosso bote é na realidade um navio e nunca vamos conseguir levantar a âncora sem a ajuda de alguém. Não sabemos ao certo como chegar onde queremos e é por isso que navegamos juntos, aprendendo o caminho.
Nosso destino, no entanto, é individual. Para onde decidir ir, essa é a parte mais difícil. Como escolher uma só carreira? Uma só pessoa? Uma só vista da janela? Como escolher dentre o infinito de possibilidades, um só destino?
10 comentários:
Achei engraçado o uso de destino em meio à um texto acerca de escolhas... E como essa palavra encaixa perfeitamente na analogia das embarcações... (No sentido de destino=rumo)
Heh. "Mas na verdade, não é bem assim [sempre]": Eu sigo feliz com um sigelo bote... E definitivamente não é por causa de uma âncora mais leve...
(Só não gostei do título, mas isso sou só eu sendo chato...)
Não sei se concordo com esse seu "sempre", mas sim com o meu. Para mim sempre dependemos de alguém, mesmo indiretamente. Não acha?
Ou você conseguiu tudo, mesmo que seja pouco, o que conquistou até agora, sem a ajuda de absolutamente ninguém? Pensa bem.
E sobre o título... é que para mim é mesmo uma maldição entende? Ter todo essa ilimitação(?) de escolhas, caminhos opções... isso não te deixa um pouco desnorteado em meio a imensidão da vida? Não é triste pensar em tudo o que se deixa para trás quando finalizamos uma escolha?
Acho que a frase ficaria melhor assim: "[Mas na verdade], não é [sempre] assim", foi só que eu tentei ajustá-la para ficar igualzinha à do texto (Não quis tirar a palavra "bem") XD
O que eu quis dizer é: A maioria de minhas vitórias são,de fato, só minhas. E o envolvimento geral de outras pessoas, em praticamente qualquer situação, é tão irrisório, que eu ignoro. Eu sempre ajudei mais do que sou ajudado -E sou grato por ter oportunidades de ajudar...
Eu não quis dizer que tudo que eu conquistei até agora, não importando o que ou quanto seja, eu consegui sem ajuda, pois isso seria, de fato, impossível (Afinal, ninguém nasce independente).
Eu contestei isso: "(De) Não navegamos sozinhos. (Até) navegamos juntos, aprendendo o caminho.", e antes de dizer a razão de julgar algo inaplicável, ao menos, à mim, vou dizer as duas interpretações que tiro dela:
->Navios vão lado à lado, se comunicando, e "aprendendo o caminho".
->Não é possível "conseguir levantar a âncora sem a ajuda de [alguém]", ou seja, um aproach mais pessoal, com a outra pessoa à bordo do SEU navio, te ajudando bem de perto.
Logo, afirmei seguir sozinho em um bote PRINCIPALMENTE por conta da primeira interpretação que escrevi acima: Estar em um mar infinito sem nenhuma embarcação à vista, embora possa adotar a segunda interpretação, em praticamente qualquer situação, também. (Como disse antes): É tão esporádico poder contar com auxílio de qualquer "tripulação", e tão corriqueira e mais relevante a situação oposta, que posso "arredondar" para "nunca"...
Sobre o título, não critiquei seu significado, pois este está em harmonia com o texto e tudo mais. É só que eu, pessoalmente, usaria algo como "A maldição do infinito", "Medo do infinito", algo por aí...
É, a vida nos fornece infinitos caminhos e tudo o mais... Mas procuro não me preocupar com as escolhas passadas. Gosto apenas de pensar que fiz escolhas, certas e erradas, e aprender com ambas. Não me entristece ter feito tais escolhas, pois creio que foram elas que me tornaram quem sou (Clichê?). Martelos forjam o caráter. Foram elas que me levaram a colecionar tristezas e alegrias e me entristeceria e me arrependeria apenas se pensasse: "Eu não deveria ter hesitado. Eu não deveria ter tido medo de me expor. Eu deveria..."
Simplificando, "prefiro ter lutado e perdido batalhas, do que ter fugido perante a menor possibilidade de derrota. Sei lá, não me entristecem tanto assim essas escolhas deixadas para trás... É o meu caminho, e até agora, [acho que] estou aproveitando essa montanha-russa...
Ah, pode soar meio geek, mas no universo da DC, houve uma história na qual cada escolha de cada ser existente no[s] universo[s] cria um universo paralelo onde a escolha oposta, ou cada alternativa, foi tomada. Isso cria infinitos universos paralelos, sendo que há uma terra "Primária" (Que não é a nossa!) e blá blá. Foi bem interessante, principalmente o desfecho sobre "a única escolha que realmente faz diferença" (Tem um filme que é menos filosófico e mais resumido que os quadrinhos)
Eu preciso aprender a apenas "comentar" e não escrever esses textos... Clickei em "visualizar" e levei um susto, e outro pior quando apareceu "Seu HTML não pode ser aceito:Deve ter no máximo 4096 caracteres" (!!). Resumi (Acredite! Antes eu tinha pensado em dividir em duas partes!) um pouco...'-' Você não deveria ter dito "Pensa bem" (A culpa ainda é minha). Bom, acho que deve ser "menos pior" encarar um texto longo[e chato] do que um "First!", "Legal", "tl;dr", e afins... (Eu, pessoalmente, adoro ler post-livros, principalmente em certo fórum, mas com certeza sou exceção...)
Então é esse seu texto enorme? hahaha Achei o máximo.
É, continuo pensando que a gente navega no mesmo barco, sei lá. Você e eu por exemplo, o que um influenciou na vida do outro? Não tenho a mínima ideia do que exatamente, você é só um leitor participativo que me ajuda a refletir milhares de vezes sobre um mesmo tema (o que eu adoro) e eu seria o que no seu caminho? Será que um não está ajudando o outro, um pouquinho que seja? E pensando em cada "pouquinho" que recebemos de cada um que vai cruzando nosso caminho, diria que seria impossível arrendondá-los a um "nada". Imagine se na verdade você tivesse sido deixado em um mundo deserto por volta dos 5 anos vai, ... será que conseguiria mesmo seguir sozinho?Acho que até conseguiria, mas não sei, me parece que uma pessoa sozinha não cria uma identidade própria. Para mim, somos formados pela influência do mundo inteiro em nós.
Bom, esse é o meu ponto de vista.
E sobre as escolhas... vou ter que responder depois porque estou atrasada para a revisão à tarde e preciso ir.
Por enquanto é só.
Obrigada pelo comentário by the way.
"Texto enorme" foi hipérbole XD E levando em conta a natureza dos comentários, acho que eu extrapolei um pouco... Bem, não sei digitar pouco -Já levei tantos anos para aprender a FALAR menos...
Uma coisa é abandonar uma criança sozinha em um mundo deserto... Outra coisa é, somando todas as influências externas, IGNORANDO-SE a infância (Ou seja, levar em conta apenas à partir do momento que uma pessoa se vê APTA a ser independente, financeiramente e em qualquer aspecto possível, mesmo que não seja, de fato, o importante é ser APTA), ser REGRA que sempre haja uma quantidade MUITO significativa de ajuda... Sei lá, ainda acho que, on the long run, a quantidade é mais próxima de 0 do que de 100%, ou mesmo de 50%, ao menos no meu caso... Não digo, também, que isso seja regra, pelo contrário, isso é exceção. Não contesto a ideia, contesto a universalidade dela...
Ah, e você é "só" uma artista das palavras que eu acabei conhecendo por tabela (Eu vim aqui por conta da Jú e talz), assim, despretensiosamente, sem saber que eu iria gostar, que iria comentar (Se houvesse muitos comments nas páginas, eu provavelmente me sentiria compelido à não comentar...) e, hey, de certa forma eu tenho aproveitado um tempo que seria "pausa" dos estudos para pensar... E escrever. Gosto de escrever, me conheço melhor quando escrevo... Além,claro, de te "conhecer"... Mas, de novo, aposto que essa influência não é tão relevante, para ambos os lados. Não que eu não goste dos textos, nem da "interação", é só que... Isso influencia pouco, se é que influencia, na nossa indentidade própria, mesmo a longa prazo... Você influencia, sim, quem está à sua volta, mas é um processo demorado... E se não tiver ninguém intimamente ligado à você, você não é influenciado em larga escala, nem influencia ninguém. Amigos de verdade podem deixar marcas entre si. Certas outras relações, quase que familiares, também. Agora, qualquer coisa menos que isso, influencia muito pouco, ao menos, sob meu ponto de vista. Posso soar frio mas, à maioria das relações com o "mundo inteiro" são frias e superficiais (Em menor e maior intensidade, seja quem você vê todo dia, seja quem você vê com outra frequência qualquer, estou falando de intensidade...). Enxergo como se fossem pegadas na areia. Amigos (DE VERDADE, ou pelo menos ENQUANTO forem/foram) e postos semelhantes, deixam pegadas mais profundas e em maior quantidade, porém, quando se leva em conta a maior parte do mundo, não passam de pegadas apressadas de ida e volta, em uma linha reta, da forma mais rápida possível... Mesmo que essas pegadas ocorram diariamente, a quantidade e a intensidade delas é bem menor do que a das pessoas mais relevantes, e menos ainda dos "donos" dessas areias... E quando eu falo sobre mim, digo que arrendondo para "nada" pois os primeiros estão praticamente extintos, e os segundos, nem são numerosos (Além da menor intensidade)... Creio que existam pessoas mais e menos influenciadas, mais e menos influenciáveis, e que influenciam mais e menos. Não há uma regra definitiva, geral, há? No máximo, há apenas algo que cubra a maior parte dos casos...
Ah, e não precisa agradecer o comentário...
Eu que agradeço. =D
É, concordo com a parte do "não há uma regra definitiva, geral". Realmente não há e é muito triste pensar nisso. Tá, talvez nem seja tão triste.
Talvez devesse parar de achar regras, é quase inútil, na grande parte dos casos.
Acho que lá no fundo ou nem tão no fundo assim vai... eu sei que a gente navega sozinho, mas tento fugir dessa provável realidade porque me entristece e não me dá muito sentido.
Gosto de pensar que estamos todos conectados e também a tudo. Até material e quimicamente falando.
Mais uma vez não dá tempo de falar sobre as escolhas, preciso dormir haha. Só dá para dizer que achei curiosa a história dos universos paralelos, fiquei pensando nisso de ontem para hoje. Não cheguei a nada para falar a verdade.
(Ah! Então você tem medo de parecer meio geek? hahahaha Acho desnecessário! - e gostei do "artista das palavras" merci)
Espera, eu disse que >eu< navego sozinho, ou quase sozinho (Tripulação errante e talz).
Tenho certeza que não sou único, assim como tenho certeza que eu e outras pessoas como eu somos exceção à uma regra -quase- universal: "-quase- Ninguém navega sozinho".
Aposto que você não navega sozinha, aposto que você não só gosta de pensar que está conectada à todos e à tudo, direta ou indiretamente, como está, de fato, conectada. Aposto que possui, sim, uma tripulação fiel, fixa, que te fortalece e fornece segurança e apoio. Hora alguma eu quis contestar isso, eu só falei sobre mim...
Eu tenho, sim, medo de parecer geek, mas não pelo motivo que você imagina. XD Falei aquilo por eu não querer passar a impressão que entendo muito do mundo da DC, pois eu não entendo, deve dar para contar nos dedos de uma mão todos os quadrinhos da DC que eu tenho sem ser do Batman -Lembro apenas de uma edição de "Homem de Aço(Superman)" e uma "Melhores do Mundo (Liga da Justiça)"- e mesmo do Batman, meu preferido da DC, eu tenho poucas (Nem lembro onde foram parar as HQ's da série "Piada Mortal" -Se é que eram mais de uma HQ-, devo ter emprestado ou alguém jogou fora, ou perdi em algum lugar). Vira e mexe eu entro na wikia da DC para ler o resumo de algumas histórias, saber como anda a "vida" de alguns personagens (Basicamente, só os que tem relação com o Bruce Wayne me interessam XD), acompanhei alguns episódios dos desenhos e alguns filmes... Logo, não tenho tanto apreço pelos heróis da DC, odeio alguns, na verdade... Não gostaria de dar a impressão que sou um fanático ou um connoisseur em relação à DC, pois seria mentira, eu não sei muita coisa sobre o "elenco" A, sei pouca coisa do "elenco" B, e do C em diante, eu sei praticamente nada. Sei lá, se for para passar a impressão de ser geek, que seja por algum assunto que eu domino...
(Interressante essa visão "material" de conexões... Creio que me enquadre nisso, por conta de certo "apego" por objetos, principalmente por enxergar e imaginar o caminho de alguma coisa, desde a sua produção até chegar em minhas mãos, e sinto pena quando tenho que jogar fora algo que não serviu à sua finalidade/"não alcançou seu objetivo", dentre outras situações em que me vejo em meio à um sentimentalismo barato)
É, "artista das palavras" soa bem... Melhor do que simplesmente "autora", palavra que esse título substituiu... (E que eu não achei suficiente)
Ok! Entendi o negócio sobre ter medo de parecer geek ;]
Não entendo nada sobre universo nerd (o clássico, digamos), quando você disse DC eu nem me toquei sobre o que era. Não tenho vergonha de falar haha! Não sabia mesmo, só agora caiu a ficha por você ter falado sobre os super-heróis e tals.
É, na verdade o que eu quis dizer sobre estar conectado material e quimicamente falando era mais, não sei explicar direito, mas cientificamente entende? Hm, biologicamente... Sei lá, parece bobagem, mas eu acho que pode fazer sentido até. No fim a relação que você fez também se aplicou! :)
Eu não entendi quase nada sobre estar conectada/o material e quimica/biologicamente... Eu enxergo como alguém pode estar ligado emocionalmente ou psicologicamente, mas esse lado "científico" me soa... estranho. O.o
É, eu entendo alguma coisa do universo Geek, mas não muito sobre quadrinhos. O suficiente para enxergar os erros babacas que cometem nos filmes e para entender (e explicar) boa parte das piadas sobre isso que aparecem no The Big Bang Theory. Mas não li muitos... (E nem pretendo comentar sobre a diferença entre Geek x Nerd, já tive essa conversa ontem mesmo, com uma certa amiga sua, sabe...)
É, nem eu entendo de verdade se você quer saber. Só sei que nada é impossível. Ou não.
Então... haha não entendo nada mesmo, já deu para notar por não saber nem a diferença entre nerd e geek. Eu sei que tem, mas qual? Puff! Mas acho bacana! Algumas coisas meio exageradas, mas no geral, bacana.
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