Ontem, pela tarde, estava eu inquieta, andando por todos os cantos da casa quando resolvi pegar um lápis e um papel.
Passei tudo o que estava sentindo, com a mais pura verdade, sem medo de ser julgada. Terminei-o e deixei-o guardado. Não sabia se iria publicá-lo ou não.
Hoje acordei lembrando-me do que li, ao final do dia anterior, em Werther.
Quando reli meu texto, um pouco mais tarde, por vontade imprópria comecei a equiparar-me com ele. Não pelo modo de escrita, claro (não sou e nunca serei como Goethe), mas sim quanto ao sentimento que lhe afligia.
"Não me preocupo com o presente. Não me preocupo com o que fará ou deixará de fazer. Não me importo. O que me aflige é não poder lhe ver quando o final de semana chegar, pois este imenso pedaço de terra existe."
A questão é: Será que a submissão é, realmente, a melhor opção nesse caso? Mesmo porque, embora alguns fatores sejam parecidos, outros são extremamente diferentes.
Será que ele estava certo quanto a sua escolha? Ou deveria tê-la deixado em paz?
Enfim, é como me disseram: "O ser humano sabe se adaptar bem em qualquer situação". Só resta um coisa, meus caros: saber se ele quer.
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